Dados do Trabalho

Título

ULTRASSONOGRAFIA TRANSFONTANELA: INDO ALÉM DA FONTANELA ANTERIOR – GUIA PRÁTICO

Introdução e objetivo(s)

A ultrassonografia transfontanela é o exame de primeira linha na avaliação do cérebro neonatal por ser um exame livre de radiação, baixo custo e mais acessível, comparado a outros métodos de imagem. Por ser mais ampla, a fontanela anterior geralmente é a mais utilizada na prática ultrassonográfica, entretanto, não deve ser a única avaliada durante o exame. Além disso, é um exame operador-dependente, sendo necessário que o observador seja bem treinado a fim de detectar a maioria das lesões cerebrais hemorrágicas e isquêmicas, anomalias congênitas e alterações no desenvolvimento cortical.
Objetiva-se, com este ensaio, ilustrar as janelas disponíveis para a realização da ultrassonografia transfontanelar, bem demonstrar as principais estruturas cranianas avaliadas em cada uma delas.

Método(s)

Foram selecionadas imagens de ultrassonografia transfontanela de pacientes avaliados na instituição.

Discussão

No exame de ultrassonografia são disponíveis 6 janelas (fontanelas) passíveis de avaliação: uma anterior, uma posterior, duas temporais e duas mastoideas. Ainda, o forame magno pode ser utilizado em casos selecionados, embora não seja uma fontanela. A fontanela anterior é a maior e mais utilizada, localizando-se entre as suturas coronal e sagital. Através dela, é possível avaliar os núcleos da base, ventrículos, corpo caloso, dentre outras estruturas, no entanto, possui avaliação limitada das estruturas supra e infratentoriais. A Fontanela posterior localiza-se entre as suturas lambdoide e sagital. Por ela, os cornos occipitais dos ventrículos laterais, lobos occipitais e estruturas da fossa posterior são passíveis de avaliação. As fontanelas temporais localizam-se acima do arco zigomático e anterior a orelha externa e são janelas imprescindíveis na avaliação de estruturas vasculares como o polígono de Willis, os principais vasos intracranianos e o tronco encefálico. Fontanelas mastoideas estão localizadas atrás da orelha externa, na união dos ossos temporal, occipital e parietal posterior e pode ser utilizada para melhor visualização de estruturas da fossa posterior. Por fim, o forame magno não é ideal para avaliar estruturas da fosse posterior, mas pode ser usado como recurso adicional na melhor definição de patologias como malformação de Chiari.

Conclusões

A neuroimagem desempenha um importante papel na avaliação e prognóstico dos pacientes pediátricos, sendo a ultrassonografia transfontanela muito útil no diagnóstico desta população.

Palavras Chave

pediatria; transfontanela; neuroimagem

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