Dados do Trabalho
Título
Nevo Congênito Gigante: um relato de caso através da ultrassonografia dermatológica
Descrição sucinta do(s) objetivo(s)
Demonstrar a importância da ultrassonografia dermatológica, no diagnóstico precoce, na condução e seguimento do caso, e na terapêutica do planejamento pré-cirúrgico dos pacientes com nevo congênito gigante.
História clínica
Escolar, de 8 anos de idade, sexo feminino, natural do Rio de Janeiro, acompanhada pelo ambulatório de pediatria em conjunto com a dermatologia e cirurgia plástica do mesmo hospital, é encaminhada ao serviço de radiologia para avaliação das múltiplas lesões nodulares hipercrômicas enegrecidas, de consistência fibroelástica, não aderidas à planos profundos, que se estendia desde a região dorsal até glúteos, raiz da coxa e membros inferiores (figura 1).
Discussão e diagnóstico
O Nevo melanocítico congênito gigante é uma lesão pigmentada que se origina na gestação e possui incidência menor que 20 mil recém-nascidos. É considerado gigante quando evolui para lesões maiores que 20 cm.
Embora seja raro, o nevo melanocítico gigante é considerado fator de risco para melanoma. Além disso, pode estar associado ao acometimento do sistema nervoso central, bem como desconforto estético. Nossa paciente estudada apresentava queixa de pruridos mais intensos à noite, mas alegava maior incômodo pela aparência que as lesões representavam.
A radiologia e o diagnóstico por imagem possibilitam melhor avaliação das estruturas envolvidas nas lesões dermatológicas. Com a utilização de sondas lineares nos aparelhos ultrassonográficos, é possível analisar minimamente as estruturas mais superficiais, como derme e epiderme, além de afastar a possibilidade do acometimento vascular e do sistema nervoso.
A ultrassonografia das lesões nodulares dorsais apresentou-se de forma ecogênica, com finas traves de permeio, bem delimitada, localizada na hipoderme, sem vascularização ao color Doppler. Observava-se também espessamento da epiderme e derme, e os grupos musculares com espessura e ecogenicidade preservados (figura 2).
Realizou-se a cirurgia plástica, com exérese completa das lesões nodulares dorsais, com resultado histopatológico de nevo melanocítico composto, com característica de nevo melanocítico congênito.
Conclusões
A partir da análise ultrassonográfica dermatológica das lesões dorsais da paciente, pode-se inferir sobre as estruturas acometidas e possibilitar com mais segurança a abordagem cirúrgica e a excisão completa das lesões, direcionando para o estudo histopatológico mais preciso, proporcionando melhor qualidade de vida para paciente em questão.
Palavras Chave
Nevo Melanocítico; ultrassom dermatologico; melanoma
Arquivos
Área
Ultrassonografia
Instituições
Hospital Clementino Fraga Filho - UFRJ - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
FRANCINE CORDEIRO LOTA, AMANDA PRISCILLA DE OLIVEIRA SILVA, VITOR CASSIANO ALBUQUERQUE MAIOLO, LUANA LEMOS ALVES, LEONARDO CHAVES FERREIRA COELHO, VANESSA DE ALBUQUERQUE DINOA