Dados do Trabalho


Título

Doença arterial coronariana calcificada incidental na TC de tórax sem contraste não sincronizada com ECG: como classificar e a relação do benefício da terapêutica.

Introdução e objetivo(s)

A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de mortalidade do mundo. O presente estudo tem por objetivo sistematizar para o radiologista não especialista em imagem cardíaca, a classificação através de um escore visual semiquantitativo de cálcio em artérias coronárias em tomografia computadorizada (TC) de tórax sem contraste não sincronizada com eletrocardiograma (ECG).

Método(s)

Foram selecionados casos provenientes do pronto-socorro (PS) da nossa instituição, independente do uso prévio de medicação, sendo classificados através do escore de cálcio coronariano semiquantitativo visual. O escore avalia o tronco da coronária esquerda (TCE), artéria descendente anterior (DA), artéria circunflexa (CX) e artéria coronária direita (CD), seguindo uma pontuação pelo grau de extensão e número de vasos acometidos.
Apresentamos exemplos de casos de DAC identificada e classificada pelo escore de cálcio semiquantitativo como DAC calcificada ausente, leve, moderada e acentuada.

Discussão

Segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas no ano de 2011, ocorreram 17 milhões de mortes decorrentes de doenças cardiovasculares.
Muitos pacientes realizam a TC de tórax para avaliação de diversos sintomas no PS (dispneia, trauma, pneumonia, etc). Esses pacientes se beneficiariam de um encaminhamento para um cardiologista em caso de presença de DAC visto que tais indivíduos tem maior risco de eventos cardiovasculares e, portanto, a oportunidade de iniciar o controle dos fatores de risco e melhor desfecho clínico.
Esses achados devem ser aplicados rotineiramente pelo radiologista geral, enfatizando a importância da avaliação da DAC inclusive em indivíduos assintomáticos do ponto de vista cardiovascular.

Conclusões

A TC de tórax não direcionada à avaliação cardíaca oferece uma oportunidade de identificar e classificar a DAC de forma semiquantitativa (ausente, leve, moderada, acentuada) e proporciona um encaminhamento adequado ao especialista para complementação da avaliação do risco cardiovascular e o início do tratamento preventivo com terapia otimizada para um melhor prognóstico.

Palavras Chave

ESCORE DE CÁLCIO; coronárias; tomografia de tórax

Arquivos

Área

Tórax

Instituições

HOSPITAL VERA CRUZ CAMPINAS - São Paulo - Brasil

Autores

GABRIEL FORTINI ALMEIDA, MARCELA CRISTINA ENES, RICARDO PIMENTA BONATTO, MAYARA PACHÊCO GONÇALVES, SILVIO LUIZ POLLINI GONÇALVES, TIAGO SENRA GARCIA DOS SANTOS, EDUARDO ALVES FERREIRA MARTINS