Dados do Trabalho


Título

Lesões no reto: além do adenocarcinoma.

Introdução e objetivo(s)

O triênio de 2023 a 2025 prevê 45.630 casos novos de câncer de cólon e reto no Brasil, com um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil pessoas. O câncer de cólon e reto ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais comuns no Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma. O tipo histológico mais comum de câncer retal é, sem dúvida, o adenocarcinoma. A ressonância magnética (RM) é a modalidade de imagem estabelecida para o estadiamento local do adenocarcinoma retal e tem implicações importantes para o manejo do paciente e os resultados.
No entanto, além do adenocarcinoma, existem outros tipos de neoplasias retais malignas menos comuns e lesões benignas não neoplásicas que podem mimetizar os sintomas do adenocarcinoma retal e até mesmo seu aspecto de imagem. Com o crescente uso dos métodos de imagem como investigação primária em pacientes com sintomas gastrointestinais inferiores, essas lesões muitas vezes têm como primeiro contato o médico radiologista, antes mesmo da realização de exames mais invasivos e de análise histopatológica.
O objetivo deste trabalho é revisar algumas dessas patologias, com ênfase nas características de imagem, principalmente por RM.

Método(s)

Revisão dos achados de imagem das principais lesões retais além do adenocarcinoma com exemplos de casos de uma instituição brasileira quaternária.

Discussão

Entre os métodos de imagem axiais, a ressonância magnética é a melhor modalidade de investigação para caracterização de tecidos moles, permitindo a avaliação dos tecidos retais, perirretais e órgãos pélvicos, além de toda a parede do reto, sendo vantajosa para a avaliação de tumores retais.
Podemos dividir as principais lesões retais mimetizadoras do adenocarcinoma em dois grandes grupos: malignas e benignas. No primeiro grupo, podemos destacar o linfoma, tumor neuroendócrino, melanoma, GIST, leiomiossarcoma, angiossarcoma e metástases. Já no segundo grupo, as principais lesões são o lipoma, hemangioma, síndrome de úlcera retal solitária, endometriose e doença inflamatória intestinal.

Conclusões

O radiologista deve estar familiarizado com as características de imagem dessas lesões retais menos comuns, já que o manejo e o prognóstico delas podem ser significativamente diferentes em comparação com o adenocarcinoma retal.

Palavras Chave

Gastrointestinal; Reto; Ressonância magnética

Arquivos

Área

Abdominal/Trato Geniturinário

Instituições

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - HCFMRP/USP - São Paulo - Brasil

Autores

MATHEUS DE MORAES PALMA, ANDRÉ DE FREITAS SECAF, NATASHA MANZOLI ELIAS, PEDRO AUGUSTO DE ARAUJO RESENDE, GABRIEL ANDRADE RAMOS, ALEXANDRE SOUTO DE MORAES MORGADO, DAVID FREIRE MAIA VIEIRA, CECILIA VIDAL DE SOUZA TORRES, JULIO CESAR NATHER JUNIOR, DANILO TADAO WADA, GABRIEL DE LION GOUVEA, ARTHUR SENNA PEREIRA OGATA, THALYNE APARECIDA LEITE DE LIMA, ISADORA BALDERAMA CANEDO, MONICK BARBOSA NAKAYAMA, JORGE ELIAS JUNIOR, VALDAIR FRANCISCO MUGLIA