Dados do Trabalho

Título

EXPERIÊNCIA DE GRUPO NA TÉCNICA DE TERMOABLAÇÃO PERCUTÂNEA DE PARATIREOIDES GUIADA POR ULTRASSONOGRAFIA

Introdução e objetivo(s)

A ablação percutânea é uma técnica minimamente invasiva em que uma agulha delicada
(probe) é inserida na lesão-alvo, sob orientação de um método de imagem, destruindo o tecido
tumoral. Na radiofrequência, a destruição ocorre pelo aquecimento que leva à necrose coagulativa,
com subsequente absorção tecidual. Tal modalidade foi descrita em 1934, de modo rudimentar. Em
1980 iniciaram as aplicações em órgãos sólidos, principalmente em cânceres hepáticos e renais. Nos
anos 2000, a termoablação em nódulos tireoidianos benignos se expandiu pela Coreia do Sul e Itália,
inicialmente utilizando laser intersticial, progredindo para radiofrequência. Em seguida, houve
aplicação em tumores benignos de paratireoides, que ainda não é amplamente realizada, devido ao
restrito conhecimento e treinamento profissional. Esta apresentação visa trazer as evidências da
aplicação da ablação por radiofrequência em adenomas de paratireóide.

Método(s)

Este ensaio avaliou, mediante a literatura, a experiência em grupo em utilizar a técnica de
termoablação em tumores benignos de paratireoide.

Discussão

A técnica de ablação por radiofrequência em tumores benignos de paratireoide vem
ganhando espaço, suportada pelo crescimento da aplicação em nódulos tireoidianos. Os adenomas
de paratireóide frequentemente aumentam paratormônio (PTH) e, com isso, aumentam o cálcio total
e iônico, por vezes repercutindo na perda de massa óssea. O tratamento convencional e definitivo é a
cirurgia, removendo a glândula com hiperplasia tumoral. A cirurgia, ainda que bem estabelecida,
consiste em maior invasividade e maior risco de complicações, necessitando anestesia geral,
internação hospitalar e recuperação prolongada. A abordagem minimamente invasiva, através da
termoablação, apresenta vantagens como a ausência de cortes, menor risco de complicações,
rapidez no tratamento, aplicação de anestesia local, alta precoce e retorno rápido às atividades
habituais. Dentre os resultados esperados estão a redução volumétrica da paratireóide tratada,
estimada em cerca de 50% em 6 meses e 80 a 95% em 12 meses, e a paulatina normalização nos
níveis de PTH, com melhora nos sintomas.

Conclusões

Apesar de pouco solicitada, a termoablação como tratamento de tumores benignos da
paratireóide é eficaz, menos invasiva, e com rápida recuperação. O Brasil já representa uma
referência no tratamento de nódulos tireoideanos por radiofrequência e pode vir a representar,
também, na aplicação em paratireoides.

Palavras Chave

Ultrassonografia; Termoablação percutânea; Paratireoides.

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