Dados do Trabalho


Título

RM NEONATAL SEM SEDAÇÃO (PROTOCOLO “PACOTINHO”)

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

O protocolo de ressonância magnética sem sedação permite a avaliação por imagem de bebês, principalmente no período neonatal podendo ser estendido até 2-3 meses de idade, sem a necessidade de suporte anestésico. Isto é possível por meio da utilização de medidas de contenção, sem o uso de medicamentos, associadas ao aproveitamento do período de sono profundo pós-prandial fisiológico habitual nesta faixa etária. É possível a realização de RM do corpo todo, incluindo exames contrastados, se necessário pela indicação clínica.

Neste trabalho será apresentada uma descrição do processo e implementação da realização de ressonância magnética sem sedação para bebês, compartilhando o protocolo que foi criado e empregado na nossa instituição (hospital universitário terciário). Mostraremos dicas e procedimentos utilizados na prática clínica do nosso serviço, bem como faremos uma avaliação dos casos já realizados nos últimos três anos de implementação. Ao final faremos uma análise e mostraremos a distribuição clínica dos casos, mostrando uma visão geral das indicações de encaminhamento e achados mais comuns para este tipo de exame.

Material(is) e método(s)

Estudo retrospectivo de um hospital terciário universitário da cidade de São Paulo-SP incluindo 121 exames de ressonância magnética realizados sem sedação em bebês no período de 2021 a 2023. Compartilharemos o protocolo utilizado (incluindo informações técnicas e práticas), bem como faremos uma análise dos exames realizados e seus principais achados encontrados durante o período.

Resultados e discussão

No período de 2021 a 2023, foram realizados 121 exames sem sedação com qualidade diagnóstica, alguns deles (cerca de 1%) necessitando de uma segunda tentativa devido a artefatos de movimentação durante a realização do primeiro exame. Neste período, um total de 12 casos que poderiam ser realizados sem sedação precisaram ser convertidos para exame com suporte anestésico devido a movimentação do bebê.
Dos 121 exames realizados, a maior indicação foi de exames neurológicos, principalmente crânio, por vezes complementado com face ou coluna. 95,5% destes exames apresentaram alterações, sendo distribuídas em alterações: Hipóxico-isquêmicas, Malformações, Disruptivas, Geneticamente determinadas, Vasculares, Infecciosas e Hidrocefalia.

Conclusões

Ressonância Magnética sem sedação pode ser utilizada com sucesso para avaliação de bebês, desde que com protocolo adequado e técnica padronizada, levando ao diagnóstico clínico e tratamento correto rapidamente.

Palavras Chave

neuropediatria; neonatal; RM

Arquivos

Área

Pediatria

Instituições

Inrad - HCFMUSP - São Paulo - Brasil

Autores

ALEXANDRO CURTI, SUELY FAZIO FERRACIOLLI, PAULA ARANTES, LUZIANY ARAUJO, LAIS FAJARDO, ANDRE VIEIRA, MILENA OUCHAR, LUIS EDUARDO SOUZA, REBECA FRANCELINO, ALINE AYRES, ADRIANA BERTACCINI, ADRIANA BERTACCINI, LISA SUZUKI, LEANDRO T LUCATO