Dados do Trabalho


Título

Métodos de diagnóstico por imagem utilizados no planejamento e seguimento de pacientes submetidos à radioembolização com Y90 e 166Ho – uma revisão

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

A radioembolização hepática com microesferas radiomarcadas é um tratamento locorregional para hepatocarcinomas (HCC) irressecáveis. É fundamental a realização de PET-CT (Positron Emission Tomography and Computed Tomography) e/ou SPECT-CT (Single Photon Emission Computed Tomography and Computed Tomography) para predizer a biodistribuição e a dose das microesferas, sendo estes parâmetros essenciais para o sucesso do tratamento. O objetivo deste estudo é demonstrar características teranósticas das microesferas radiomarcadas com Ítrio-90 (Y-90) e Hólmio-166 (166-Ho).

Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)

As microesferas são injetadas na circulação arterial hepática para fornecer altas doses de radiação aos tecidos tumorais, induzindo uma isquemia. O estudo trata-se de uma revisão comparativa entre a radioembolização com Y-90 e 166-Ho. Para a radioembolização com microesferas marcadas com Y-90, é necessário realizar uma cintilografia de perfusão hepática usando o 99mTc- MAA (Tc-99m macro aggregated albumin) para avaliação de shunt extra-hepático. Após a intervenção, o PET-CT pode ser utilizado tanto para documentar o local de deposição das microesferas, quanto para calcular o possível shunt. Em contrapartida, para avaliar o shunt extra-hepático pré-aplicação das microesferas com 166-Ho, é utilizado o próprio radiofármaco 166-Ho, conferindo maior segurança e precisão no cálculo de dose e na avaliação da deposição intra e extra-hepática. O 166-Ho, com propriedades paramagnéticas, pode ser visualizado na ressonância magnética pós-radioembolização.

Discussão

Estudos demonstram que devido às diferentes características físicas entre a 99mTc-MAA e o Y90, a cintilografia de perfusão hepática usando o 99mTc- MAA é um método limitado para prever a biodistribuição do Y90. Todavia, para avaliar o shunt hepatopulmonar com 166-Ho, antes que realizar o tratamento com as microesferas marcadas pelo mesmo radioisótopo, confere maior segurança e precisão por se tratar do mesmo marcador radioativo. Devido às características paramagnéticas do mesmo, é possível visualizar a deposição das microesferas nos exames de ressonância magnética, modalidade de alta resolução espacial e com correção de movimentos respiratórios.

Conclusões

Ambas as técnicas demonstram-se eficazes para o tratamento de hepatocarcinomas celulares. Para o cálculo de shunt e avaliação da biodistribuição das microesferas, o método com radionuclídeo 166-Ho apresenta mais precisão, principalmente devido às características paramagnéticas.

Palavras Chave

ítrio-90; Hólmio-166; radioembolização hepática

Arquivos

Área

Medicina Nuclear

Instituições

Hospital Sírio-Libanês - São Paulo - Brasil

Autores

LARYSSA MAIA, VIVIANE CAMPOS VAZ , EMÍLIA RIBEIRO ALMEIDA SOUSA, RUBENS DOS SANTOS BARBOSA