Dados do Trabalho
Título
SCHWANNOMA GIGANTE TORÁCICO: UM RELATO DE CASO
Descrição sucinta do(s) objetivo(s)
Apresentar um caso de um volumoso schwannoma torácico, um tumor raro, elucidar seus achados característicos nos diferentes métodos diagnósticos (radiografia simples, tomografia computadorizada-TC , ressonância magnética-RM, angioTC e angioRM) e ressaltar a importância de considerar essa possibilidade no diagnóstico diferencial das massas de partes moles no tórax.
História clínica
Paciente do sexo feminino, 24 anos, evoluiu com dispneia progressiva e perda ponderal significativa (aproximadamente 20 kg) num período de 3 anos. Ao exame físico, evidenciou-se ausência de murmúrio vesicular à direita. Submetida a TC torácica, a qual revelou volumosa formação expansiva ocupando a maior parte do hemitórax direito. Posteriormente foram realizados estudos por RM, angioRM e angioTC para melhor avaliação das relações da lesão com as estruturas mediastinais e coluna vertebral e da sua vascularização, com finalidade de planejamento cirúrgico. Foi submetida a ressecção cirúrgica completa da massa, com confirmação imunohistoquímica de schwannoma, com provável origem em raiz espinhal torácica.
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Discussão e diagnóstico
O schwannoma é um tumor benigno, de crescimento lento, originário das células de Schwann, que revestem os nervos periféricos e centrais. No tórax encontram-se no mediastino posterior, no plexo braquial ou nos nervos intercostais. Os sintomas, quando presentes, estão relacionados a efeito de massa ou a disfunção do nervo afetado. No caso apresentado notava-se alargamento do forame de conjugação no nível T9-T10 à direita, sem rotura cortical, sugerindo provável origem do tumor a partir de raiz espinhal torácica nessa topografia com crescimento extradural, sem comprometimento do canal vertebral. No contexto radiológico, o schwannoma aparece como uma massa bem definida, solitária e encapsulada, com remodelação óssea adjacente e realce heterogêneo pós contraste, devido à sua rica vascularização. Na RM, a lesão é iso ou hipointensa em T1 e hiperintensa em T2, pode apresentar áreas de hemorragia, necrose e de degeneração cística de permeio. A diferenciação entre schwannoma e outros tumores mediastinais e pleurais, como tumor fibroso solitário de pleura, pode ser desafiadora e muitas vezes requer correlação histopatológica, especialmente em tumores muito volumosos.
Conclusões
Apresentamos um caso de uma massa torácica gigante pleural, onde os métodos de imagem exerceram importante papel na caracterização, definição de limites e relações com as estruturas adjacentes, possibilitando a ressecção cirúrgica completa e segura.
Palavras Chave
schwannoma torácico
Arquivos
Área
Tórax
Instituições
Hospital Universitário Onofre Lopes - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HUOL/UFRN) - Rio Grande do Norte - Brasil
Autores
MARIANA DE OLIVEIRA COSTA, ARTHUR MOREIRA CARVALHO, ANGELA RAFAELE BEZERRA DA SILVA MESQUITA, IGARA ARAUJO TAVARES, CAIO ROBERTO DE ANDRADE FERREIRA, ANA FLAVIA GOMES ANGELO VANDERLEI, CARLOS ALBERTO ALMEIDA DE ARAUJO, MANUEL MOREIRA NETO