Dados do Trabalho


Título

Tratamento de aneurisma renal complexo através da técnica de remodelamento com uso de stents em T e molas - Um relato de caso

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Relatar um caso de aneurisma da artéria renal tipo II complexo e raro em uma paciente com hipertensão arterial sistêmica refratária (HAS), sendo tratada por reparo endovascular através da combinação da técnica de remodelamento com stents em T e molas, para a preservação dos ramos arteriais renais, por equipe de radiointervenção.

História clínica

Mulher, 55 anos, em investigação de HAS refratária, portadora de dislipidemia e DRC em estágio III. Realizou exame das artérias renais por ultrassonografia com Doppler em que grande aneurisma foi detectado no hilo renal direito. Realizada Tomografia/Angiotomografia de abdome com achado de Aneurisma de Artéria Renal (AAR) tipo II envolvendo a bifurcação da artéria renal principal, que supria os polos superior e inferior, além de uma grande artéria do ramo que alimentava o polo médio, originando-se após o aneurisma. Após arteriografia renal com melhor visualização da bifurcação da artéria renal principal, prosseguida com técnica de remodelamento com stents em T e molas.

Discussão e diagnóstico

Os aneurismas de artérias viscerais (AAV) são raros, presentes em menos de 1% da população total. O AAR é um dos tipos menos frequentes de AAV, correspondendo a cerca de 15 a 22%. Estudos realizados através de autópsia indicam uma incidência de AAR de 0,1%. No entanto, os estudos realizados através da arteriografia renal evidenciam uma incidência que varia de 0,3 a 1%. Essa doença é mais comum no sexo feminino, devido à forte associação com a fibrodisplasia muscular renal. A utilização de stents, empregados primariamente em procedimentos de neurointervenção, como o Solitaire, apresenta grande navegabilidade e flexibilidade, passando no interior de microcateteres. Inclusive, o stent apresenta a vantagem de poder ser reposicionado mesmo após ter sido completamente liberado. A combinação de técnicas que foi realizada para essa paciente é de complexa execução. Fora necessário um estudo angiotomográfico rigoroso prévio para avaliação da anatomia e o adequado planejamento do procedimento.

Conclusões

Dessa forma, quando a anatomia vascular permitir, é possível reparar AAR tipo II complexo preservando os vasos nativos da topografia renal, como realizado neste caso. Assim, os conhecimentos relacionados a novos materiais e técnicas derivados da neurointervenção tornam o tratamento dos AAR complexos exequível e efetivo.

Palavras Chave

aneurisma; artéria renal; procedimentos endovasculares.

Arquivos

Área

Intervenção

Instituições

Hospital Universitário Professor Edgard Santos - Bahia - Brasil

Autores

IGOR HUMBERTO FERREIRA AMORIM, MARCELLA NASCIMENTO BRANDAO, BEATRIZ PAIXAO ARGOLLO, LARA ISABELLE ALVES DE SOUZA SANTOS, ESTELA DALVA PEREIRA DE CASTRO ALVES, VANESSA MARTINS PEREIRA CRUZ , SIMONE LESSA METZGER, PATRICK BASTOS METZGER