Dados do Trabalho
Título
O Desafiador Diagnóstico por Imagem da Fasciíte Nodular
Descrição sucinta do(s) objetivo(s)
Temos como objetivos apresentar, por meio de um caso clínico, os achados de Ressonância Magnética (RM) da fasciíte nodular e contribuir com a difusão do conhecimento dessa neoplasia (muitas vezes esquecida), por meio da revisão da sua clínica e fisiopatologia, bem como do seu diagnóstico e do seu tratamento (ilustrado com imagens do intraoperatório do paciente). Além disso, objetivamos comparar os achados histopatológicos da fasciíte nodular (por meio de imagens de lâminas cedidas por nossa patologista) com os achados da RM, a fim aprofundar a correlação entre características do sinal nas diversas ponderações com as matrizes histológicas.
História clínica
Paciente 56 anos, masculino, com nódulo sólido em falange proximal do segundo dedo da mão direita há 8 meses, com crescimento progressivo. A RM evidenciava formação nodular expansiva com sinal intermediário/baixo no T1, sinal alto no T2 e leve realce periférico pelo contraste, localizada nas partes moles do segundo dedo da mão direita, que invade a medular óssea da sua falange proximal. A biópsia incisional foi conclusiva para fasciíte nodular.
Discussão e diagnóstico
A fascíte nodular é uma lesão proliferativa de natureza fibroblástica benigna com crescimento rápido. Apresenta-se com grande variabilidade histológica, o que dificulta a definição de suas características na RM. Lesões com matriz mixóide tendem a apresentar um sinal mais alto nas sequências susceptíveis a líquido. Lesões com matriz celular tendem a apresentar um sinal alto heterogêneo nas sequências susceptíveis a líquido e um maior realce pelo contraste. Lesões de matriz fibrosa tendem a apresentar um sinal baixo nas sequências susceptíveis a líquido. O tratamento consiste na ressecção cirúrgica marginal (taxa de recorrência é baixa).
Conclusões
Diante de um tumor de partes moles devemos sempre lembrar do diagnóstico de fasciíte nodular, que apresenta características variáveis de RM a depender de sua matriz histológica. Devido a essa variabilidade, é um diagnóstico diferencial de outras lesões como tumor de células gigantes da bainha tendínea e sarcomas. Devido ao seu rápido crescimento, tem sido confundida com lesões malignas, levando a tratamentos cirúrgicos agressivos. O estudo anatomopatológico é fundamental para definir a natureza da lesão e determinar o seu adequado tratamento.
Palavras Chave
fascíte nodular; tumor de partes moles; lesão em dedo
Arquivos
Área
Sistema Musculoesquelético
Instituições
UnitedHealth Group - São Paulo - Brasil
Autores
GIOVANA DAS GRAÇAS FORTINI MESQUITA, BRUNO CERRETTI CARNEIRO, DÉBORA FONTOURA RODRIGUES